Felippe Hermes na Crusoé: “Samba de uma nota só”
Foi em 6 de junho de 2005 que os técnicos do Ipea Paulo Levy e Fábio Giambiagi pegaram um voo do aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro para Brasília...
Foi em 6 de junho de 2005 que os técnicos do Ipea Paulo Levy e Fábio Giambiagi pegaram um voo do aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro para Brasília.
Antes de embarcar, ambos pararam em uma livraria. Na capa de um jornal, a manchete apontava para as revelações de Roberto Jefferson sobre o mensalão. O comentário de Giambiagi resumiu perfeitamente o cenário dali em diante: “Fodeu”.
Ambos estavam indo a Brasília no intuito de apresentar um “teto de gastos”. A ideia, ainda em 2005, era propor um teto que limitasse a alta do gasto a um valor menor do que o crescimento do PIB.
O projeto era encabeçado por Antonio Palocci e Paulo Bernardo, da Fazenda e do Planejamento. Com o desenrolar da história do mensalão, Palocci acabaria saindo. Em seu lugar entrou Guido Mantega.
A então ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ficaria sabendo da proposta e responderia com seu hoje famoso “gasto é vida”.
Lula, dali a alguns meses, entraria em clima de campanha. Passaria a pressionar o Banco Central para reduzir os juros e favorecer o crescimento econômico em ano de eleição. Não rolou, mas a reeleição acabou vindo (e com inflação sob controle).
Esse causo…
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