Felippe Hermes na Crusoé: Eu não vou pagar o jabuti
Dilma Rousseff legou ao país a maior crise econômica de sua história. Uma queda no PIB de 7%, maior do que uma...
Dilma Rousseff legou ao país a maior crise econômica de sua história. Uma queda no PIB de 7%, maior do que uma pandemia. A pobreza voltou, com 10 milhões de desempregados. É provável que mais da metade do país concorde com tais afirmações. De fato, à exceção dos diretórios estudantis de universidades públicas, é improvável que se encontre alguém que discorde.
Por anos, porém, venho tentando fazer justiça a Dilma. Não que eu concorde com as teses bobas de um golpe (que, como bem disse Michel Temer, se houve, foi um golpe de sorte). Defendo, porém, que culpar Dilma, uma pessoa com dificuldades em articular uma defesa sobre si mesma, carrega um viés machista e condescendente. Não com Dilma, mas com quem esteve ao seu lado na construção da crise.
Dilma Rousseff assumiu a presidência em 2011. O Brasil vinha de um crescimento do PIB de 7%. A popularidade de seu antecessor batia 80%, por causa desse e outros feitos. Mas se engana quem acredita que tudo ia às mil maravilhas e que o Brasil estava decolando como sugeriu a The Economist, a revista que um dia já foi o bastião do liberalismo no mundo.
Para fazer justiça, é preciso lembrar que Dilma assumiu uma bomba já armada, que viria a estourar por sua inaptidão para a política cotidiana.
Foi em 2005 que o Brasil iniciou a construção da sua grande depressão de 2014-16.
Naquele ano, pressionado pela reeleição, Lula acossou Meirelles, o presidente do Banco Central, para reduzir juros e alavancar a economia. Meirelles não topou, mas Lula começava a mudar sua visão. Nada de ajuste do então ministro da economia Antônio Palocci (que infelizmente descobriu tarde que pagar pouco a seus funcionários pode ser um problema).
Lula passou a dar ouvidos a Guido Mantega e sua ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que em…
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