Ex-secretário do Tesouro admite licença “pequena” para ampliar gastos em 2023
O economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida (foto) admitiu, em entrevista publicada pelo Estadão nesta sexta-feira (19), a aprovação de uma licença para ampliar os gastos públicos a partir do ano que vem...
O economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida (foto) admitiu, em entrevista publicada pelo Estadão nesta sexta-feira (19), a aprovação de uma licença para ampliar os gastos públicos a partir do ano que vem.
“Dá para avançar alguma coisa, mas é difícil saber o que. Se for algo pequeno e desde que seja acompanhado, já no primeiro ano, por um aumento do superávit primário, pode-se até debater”, disse o economista.
Chamada pelos economistas de waiver (perdão para não cumprir uma meta, na sigla em inglês), a licença para gastos entrou no debate de política fiscal da campanha eleitoral. Candidatos à Presidência têm discutido como tornar permanente o adicional de R$ 200 do piso do Auxílio Brasil, que passou de R$ 400 para R$ 600 até dezembro de 2022.
“Se for apenas waiver para gastar mais durante um ou dois anos e termos um resultado primário pior, acho preocupante […] Terá que ser dada uma sinalização consistente para o fiscal e espero que isso ocorra pós-eleição”, acrescentou Mansueto.
O ex-secretário também afirmou ao jornal que o desafio para o próximo governo será reestruturar a composição do gasto para tornar a despesa mais distributiva. “Mesmo assim, ainda há risco aqui no Brasil de aumento de impostos, se a arrecadação cair nos próximos anos”, ponderou.
O economista–chefe do BTG avalia que a definição de uma nova regra fiscal e a aprovação da reforma tributária devem ser prioridades para qualquer que seja o governo em 2023.
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