O Banco Central do Brasil divulgou, nesta segunda-feira, 12, a primeira edição da pesquisa Firmus, que busca captar a percepção de empresas não financeiras sobre aspectos econômicos, como inflação e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

O novo levantamento oferece um contraste importante em relação ao tradicional Relatório Focus, que, por anos, se concentrou exclusivamente nas previsões do mercado financeiro. A Firmus amplia o escopo ao olhar para diferentes segmentos da economia.

Realizada em maio, a pesquisa revelou que as empresas consultadas estimam uma inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em 4% para o ano atual, número acima do esperado pelo Focus que, na mesma época, apontava para uma expectativa de 3,88% para 2024.

O relatório Firmus, assim como o Focus, também apresenta projeções de inflação para os anos seguintes. Nesses períodos, os agentes não financeiros, mais uma vez, estimaram pressão sobre os preços maiores que as vistas no boletim do mercado financeiro equivalente.

Em 2025, a Firmus estimou 4% para o IPCA no fechamento de 2025, contra 3,77% do Focus. No ano seguinte, as empresas não financeiras indicaram inflação em 3,70%, contra 3,60% das financeiras.

Para o PIB (Produto Interno Bruto) ambas as pesquisas indicam um crescimento em torno de 2% para o ano corrente, com o mercado financeiro um pouco acima em 2,01%.

A metodologia adotada na pesquisa Firmus reflete um esforço do Banco Central para diversificar fontes de informação e melhorar a compreensão sobre a dinâmica econômica do país.

Além do levantamento sobre IPCA e PIB, a pesquisa também busca informações sobre o sentimento do empresariado sobre demanda, lucratividade, custo de mão-de-obra e preços praticados com relação à inflação.

O relatório ainda está em fase de testes e, de acordo com a autarquia, ainda não há previsão de quando será divulgado o próximo Firmus. “Após o encerramento da fase de testes, o Banco Central pretende divulgar regularmente os resultados agregados da pesquisa“, afirmou a autoridade monetária em nota.

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