Em carta a Haddad, presidente do BC justifica estouro da meta de inflação
Em carta endereçada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elencou os fatores que foram decisivos para que a inflação do ano passado tenha ficado acima da meta...
Em carta endereçada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), elencou os fatores que foram decisivos para que a inflação do ano passado tenha ficado acima da meta.
Campos Neto citou a inércia da inflação do ano anterior; a elevação dos preços de commodities, em especial do petróleo; o desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos e gargalos nas cadeias produtivas globais; o choques em preços de alimentação, resultante de questões climáticas; e a retomada na demanda de serviços e no emprego, impulsionada pelo acentuado declínio da quantidade de casos de Covid e consequente aumento da mobilidade.
O IPCA fechou o ano passado em 5,79%, segundo o IBGE. A meta para 2022, por sua vez, era de 3,5%, com intervalo de tolerância até 5%.
O BC disse esperar uma inflação no limite do teto da meta, em 5%, neste ano, embora as projeções do mercado estejam acima disso. “Em 2023, a inflação ainda se mantém superior à meta, em virtude principalmente da hipótese do retorno da tributação federal sobre combustíveis nesse ano e dos efeitos inerciais da inflação de 2022”, disse.
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