Economista diz que ruídos e incertezas políticas devem afetar o PIB
Alberto Ramos (foto), economista-chefe para a América Latina do banco Goldman Sachs, afirmou há pouco, em relatório enviado aos clientes, que ruídos e incertezas políticas, somada a inflação alta e o aumento de juros, "estão gerando ventos contrários significativos para a atividade" nos próximos meses...
Alberto Ramos (foto), economista-chefe para a América Latina do banco Goldman Sachs, afirmou há pouco, em relatório enviado aos clientes, que ruídos e incertezas políticas, somada a inflação alta e o aumento de juros, “estão gerando ventos contrários significativos para a atividade” nos próximos meses.
“No entanto, a aceleração da inflação de dois dígitos, o aumento das taxas de juros com condições financeiras domésticas mais restritivas, interrupções persistentes na cadeia de suprimentos afetando o setor manufatureiro, aumento do ruído político e incerteza política, altos níveis de endividamento das famílias e nova deterioração do sentimento do consumidor e dos negócios estão gerando ventos contrários significativos para a atividade”.
Com o recuo de 0,1% da economia no terceiro trimestre, Ramos estimou que a atividade produtiva real está agora nos níveis pré-pandemia, mas ainda 3,3% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2014. Apesar das sinalizações negativas para 2022, ele espera uma melhora do setor de serviços, sobretudo aqueles prestados para as famílias que foram impactos pela pandemia.
“Esperamos que alguns dos setores de serviços ainda impactados pelo coronavírus, em particular os serviços para famílias, se recuperem ainda mais nos próximos meses, em conjunto com o progresso no programa de vacinação da Covid e o estímulo fiscal renovado. Os termos de troca e o cenário externo em geral ainda favoráveis também irão amortecer a atividade”, afirmou.
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