É dia de juros, bebê!
Ativos nacionais devem responder às variações nas perspectivas sobre os juros na economia global. A divulgação mais importante do dia é a do FED (Federal Reserve) às 15h....
Ativos nacionais devem responder às variações nas perspectivas sobre os juros na economia global. A divulgação mais importante do dia é a do FED (Federal Reserve) às 15h. A expectativa é de manutenção da taxa nos atuais 5,50%, mas os investidores devem dar atenção à divulgação do Dot Plot (documento que mostra qual a perspectiva dos membros do colegiado para os juros no fim dos próximo anos) e, principalmente, à coletiva do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, meia hora após a definição.
A expectativa é que Powell mantenha a porta aberta para pelo menos mais um aumento de 0,25 ponto percentual no Fed Funds até o fim deste ano e que reafirme a necessidade de acompanhar os dados relacionados à situação financeira, do mercado de trabalho e da inflação para a próxima decisão em 1º de novembro.
Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central encerra o segundo dia de reunião com o anúncio da nova Selic às 18h30, acompanhado do comunicado. O consenso de mercado aponta para um corte de 0,50 ponto percentual, mas assim como no exterior a explicação para a decisão também será analisada com cuidado pelos agentes econômicos. Entre os pontos a serem considerados estarão as possíveis dicas sobre o ritmo de cortes da taxa básica de juros, uma vez que a curva futura ainda mantém uma indefinição sobre um corte de 0,75 p.p. na última reunião do ano; e qual o grau de divergência entre os diretores sobre a velocidade adequada para a redução da Selic.
No documento referente à reunião anterior, o Copom indicou que o colegiado era unânime sobre corte de 0,50 ponto percentual em todos os três encontros até o fim de 2023. Além disso, o cenário relativo a commodities de energia, como petróleo e gás, foi substancialmente alterado desde o último encontro do grupo. O barril do petróleo tipo Brent, por exemplo, teve alta de mais de 13% de lá para cá, o que afeta as expectativas sobre inflação para os próximos meses.
Ontem à noite, a China inaugurou a semana de definições sobre juros com manutenção das taxas de 1 e 5 anos em 3,45% e 4,20%, como esperado. Além dela, Reino Unido, na quinta-feira, e Japão, na sexta-feira, definem as taxas básicas.
Na agenda internacional, números da inflação britânica abaixo do esperado animaram investidores, e bolsas europeias sobem. A libra esterlina enfraqueceu com a perspectiva de que o BoE (Bank of England) pode pausar o ciclo de alta em função dos dados de pressão sobre os preços.
Por aqui, o Senado Federal aprovou, como esperado, o projeto de lei que cria as debêntures de infraestrutura, mas como houve alteração no texto, a proposta retorna para a Câmara dos Deputados para apreciação. Na nova redação, os senadores definiram que o benefício tributário previsto na medida ficará definido na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), e eliminando a previsão de uma limitação temporal pré-definida.
Além disso, repercute ainda hoje a fala do relator do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), Danilo Forte, de que não está fora de questão a revisão da meta fiscal para o ano que vem.
No campo das commodities, o minério de ferro voltou a subir após um breve pausa no rali recente e voltou para a casa dos US$ 122 a tonelada em Singapura. O preço do petróleo recua quase 1% nesta manhã, cotado a US$ 93,45 o barril do tipo Brent.
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