Dólar testa limites com risco fiscal e Petrobras no radar
Queda da liminar que afastou o presidente do Conselho de Administração da petroleira abre caminho para rediscussão sobre dividendos extraordinários
Investidores locais continuam atentos à pressão do dólar sobre os ativos nacionais. Após fechar no maior patamar contra o real (5,28 reais) desde março do ano passado, a moeda americana aponta para um dia um pouco mais calmo. O índice DXY, que compara contra o dólar contra uma cesta de moedas globais caía 0,10% às 7h30.
Por aqui, o movimento da divisa americana nos últimos dias se somou ao abandono das perspectivas de superávit primário no ano que vem por parte do governo e impulsionou as taxas futuras de juros. No fechamento de terça-feira, a precificação do mercado para a Selic no fim do ciclo de corte está acima de 10,25% ao ano.
A deterioração das expectativas para o fiscal fez com que do início do ano para cá as perspectivas para a taxa básica de juros avançasse 125 pontos base, de cerca de 9% a.a. três meses atrás para mais de 10% agora.
Pietro Mendes de volta à Petrobras
No cenário corporativo, a notícia que deve movimentar o mercado acionário nesta quarta-feira, 17, é a volta de Pietro Mendes ao posto de presidente do Conselho de Administração da Petrobras. A decisão foi expedida na noite de terça-feira, 16, pelo desembargador federal Marcelo Mesquita Saraiva, que é o mesmo que permitiu a volta de Sergio Machado Rezende no início desta semana.
Ambos os conselheiros haviam sido afastados do colegiado em função de uma liminar concedida em ação popular movida pelo deputado estadual paulista Leonardo Siqueira, do Partido Novo, que argumenta haver, à luz da Lei das Estatais, incorreções na aceitação dos nomes para o CA da petroleira.
Com a volta de Pietro Mendes, a expectativa é que o colegiado debata uma possível distribuição dos dividendos extraordinários retidos recentemente. Nos últimos dias, tem ganhado força a ideia de que a Petrobras pode repassar, pelo menos, 50% do volume de recursos retidos em um pagamento de proventos extraordinários sem prejudicar o plano estratégico de investimentos da companhia.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)