Comandada por Jorge Messias (foto), a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou um ofício ao Banco Central para pedir informações sobre a cotação do dólar nesta quarta-feira, 25, feriado de Natal.

“Os dados enviados pelo Bacen subsidiarão eventual atuação da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU, em relação ao buscador Google, que apresentava a cotação do dólar a R$ 6,38, valor R$ 0,20 superior ao registrado no último fechamento oficial (23/12)”, informou a AGU em nota.

O dólar fechou a segunda-feira, 22, em 6,20 reais, em alta após as intervenções do BC na quinta e na sexta-feira, 19 e 20, e a entrevista do futuro presidente do da instituição, Gabriel Galípolo, que demonstrou harmonia como atual chefe do BC, Roberto Campos Neto.

De novo?

Como o mercado de câmbio fechou na terça-feira, 24, e nesta quarta, por causa do feriado, qualquer alteração na cotação da moeda americana só vai ocorrer na quinta-feira, 26. O indicador do Google mostrou alta no dólar, contudo, e políticos de oposição a Lula alardearam o valor.

Não é a primeira vez que o marcador da big tech, que já tirou a informação do ar, gera confusão. Segundo a empresa, o dado é da Morningstar, uma empresa baseada em Chicago, nos Estados Unidos.

O jornal Valor cogitou que a cotação exibida pelo Google dizia respeito ao câmbio OTC (Over-the-Counter), um mercado de negociação de moedas estrangeiras que funciona de forma descentralizada, por meio de uma rede de bancos, brokers e outros investidores.

Dólar não dá trégua

Essa é a segunda vez que a AGU atua em poucos dias por causa do dólar. Na primeira, o advogado-geral da União embarcou na fake news de que a cotação da moeda americana foi influenciada por postagens com declarações falsas de Galípolo.

O dólar permaneceu congelado nos últimos dois dias por conta do feriado de Natal, mas, apesar de não contar como dado oficial, a alta sugerida pelo Google não é boa notícia para o governo Lula.

A cotação da moeda americana vem subindo desde 27 de novembro, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poluiu o anúncio de seu débil pacote de corte de gastos com uma promessa de isenção fiscal para 2026.

Os governistas já tentaram colocar a culpa em todo mundo, para esconder o culpado de verdade: Lula.

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