Dólar mantém R$ 5,36 de olho em enfraquecimento de Haddad
Ministro da Fazenda tem enfrentado dificuldades para convencer investidores de compromisso do governo com equilíbrio fiscal
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A moeda americana fechou a terça-feira, 11, praticamente estável em alta de 0,20% aos R$ 5,36, com correção nos juros futuros com taxas em queda e expectativa por medidas de corte de gastos da equipe econômica.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem prometido a apresentação de alternativas para a contenção na aceleração dos gastos obrigatórios e afirma que deve apresentar opções ao presidente Lula em breve. Isso fez com que parte de estresse causado nas expectativas para os juros na sexta-feria, 7, quando rumores de que o ministro não tem a benção de Lula para cortes de despesas provocou uma forte aversão à risco.
O desequilíbrio fiscal, com o crescimento das despesas muito acima do esperado nas projeções do Executivo tem preocupado o mercado financeiro, que teme o abandono da meta fiscal de déficit primário zero para este ano.
No fim do dia, o presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco, devolveu parte da MP (Medida Provisória) 1227, que limita a utilização de créditos de PIS e Cofins ao governo, sob a acusação de inadequação da proposta. O texto previa a compensação da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia e municípios menores.
Agora, a equipe econômica deve substituir a proposta para tentar cobrir os custos com o benefício, estimado em cerca de 26 bilhões de reais neste ano.
O dólar operou em compasso de espera pela reunião do FED (Federal Reserve) nesta quarta-feira, 12, quando o banco central americano deve sinalizar sobre o futuro da política monetária americana e se manteve pressionado com a deterioração da percepção fiscal local.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou o dia em alta de 0,73%, aos 121,6 mil pontos. Na ponta positiva, as maiores altas do indicador ficaram por conta de Magalu (+7,99%), Minerva (+5,21%) e Prio (+4,29%). Do lado oposto, as principais quedas foram Suzano (-1,55%), Localiza (-0,74%) e Dexco (-0,57%).
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