Os juros e o real reagiram positivamente ao alívio recente nas relações entre a autoridade monetária e o Palácio do Planalto. O clima beligerante perdeu força nos últimos dias, e hoje à tarde, o ministro Alexandre Padilha disse a jornalistas durante a tarde que Lula quer baixar os juros e não mudar o comando do Banco Central.

Com isso, as taxas de juros futuros cederam em todos os prazos. Nos vencimento mais longos, o rendimento dos contratos chegaram a cair mais de 20 pontos base, e o mercado voltou a precificar o início dos cortes na Selic em junho.

O dólar perdeu força contra o real, apesar das apostas de um aperto monetário mais duradouro que o antecipado nos Estados Unidos. Entre as moedas emergentes o real registrou a segunda melhor performance no dia, com o dólar perdendo 1,11%, cotado a R$ 5,16.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, não acompanhou o otimismo e encerrou o dia com queda de 0,70%, aos 109,1 mil pontos. Resultados considerados fracos pelo mercado acabaram por derrubar a Vale (1,30%), que acabou sendo a maior contribuição negativa para o indicador.

Os mercados nacionais reabrem às 13h de quarta-feira em função do feriado de Carnaval. Na segunda-feira, as bolsas norte-americanas também estarão fechadas com o President’s Day.