Desigualdade aumenta no Nordeste, mas tem ligeira queda nas demais regiões
Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, a desigualdade econômica registrou uma ligeira queda na maior parte do país em 2019 -- mas aumentou na região Nordeste...
Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, a desigualdade econômica registrou uma ligeira queda na maior parte do país em 2019 — mas aumentou na região Nordeste.
O IBGE utilizou como base o Índice de Gini, cuja escala varia de 0 a 1, para medir a desigualdade de renda. Quanto mais perto de 1, maior a desigualdade.
Levando em consideração o rendimento médio mensal domiciliar per capita, o Índice de Gini do Brasil caiu de 0,545 em 2018 (recorde da série histórica iniciada em 2012) para 0,543 no ano passado.
No recorte por regiões, o Nordeste foi a única que teve alta do indicador, de 0,545 para 0,559. O Norte teve a redução mais significativa (de 0,551 para 0,537). No Sudeste, a queda foi de 0,533 para 0,527, e no Centro-Oeste, de 0,513 para 0,507.
No Sul, que apresenta o menor índice de desigualdade do país, a queda foi de 0,473 para 0,467.
A redução no número de beneficiários do Bolsa Família e o corte em alguns programas sociais são possíveis explicações para o aumento da desigualdade no Nordeste.
“A única fonte de renda que teve queda foi a de outros rendimentos, que caiu 1,5% no país, e é onde estão os programas [de transferência de renda]. E é justamente a parcela com os menores rendimentos que concentra os beneficiários desses programas”, afirmou a analista da pesquisa, Alessandra Scalioni.
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