Desaceleração da inflação e balanços no radar do mercado
IPCA pode ajudar a calibrar apostas nos próximos movimentos do Banco Central e direção a um piso para a Selic
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O destaque do dia fica por conta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro, que será divulgado às 9h. A previsão é que haja uma desaceleração para 0,34%, em comparação com os 0,56% registrados em dezembro. Na leitura anual, o indicador deve reforçar a trajetória de convergência da inflação oficial à meta de 3% no ano e ficar em 4,42%, após marcar 4,62% até dezembro do ano passado.
Na agenda corporativa, a Petrobras divulga nesta quinta-feira, 8, o relatório de produção e vendas. Além disso, o Banco do Brasil encerra a temporada de balanços do setor financeiro, após os números ruins do Bradesco terem contido o otimismo dos investidores com o setor.
De acordo com levantamento da Bloomberg, o Banco do Brasil deve apresentar um lucro líquido de 9,18 bilhões de reais no quarto trimestre de 2023, representando um aumento de cerca de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e um avanço trimestral de 4,6%.
No campo político, líderes partidários da Câmara dos Deputados ainda aguardam a realização de reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prometeu esclarecer as medidas previstas na MP (Medida Provisória) da reoneração. No entanto, até agora o ministro preferiu retomar táticas que falharam no ano passado, na tentativa de constranger o empresariado para avançar nas medidas.
Haddad tem se concentrado em falar sobre indícios de irregularidades no Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e que pretende expor a investigação da Receita Federal sobre o uso dos incentivos fiscais com o benefício. Vale lembrar que o ministro tentou essa mesma estratégia no ano passado com uma lista das empresas com maiores volumes em desonerações atrás de apoio popular.
A tentativa parece ter estressado ainda mais o relacionamento entre Executivo e Legislativo. Parlamentares ligados ao setor de eventos lançaram um manifesto em defesa do Perse, que conta com 305 assinaturas e indica que o Congresso tem força para derrubar a medida provisória encaminhada pelo governo.
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