O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse esperar que o país aproveite as “vantagens competitivas” para chegar em 2026 “até comendo filé mignon”.

“Se souber se beneficiar das vantagens competitivas que tem, nós temos a lei de inteligência artificial que passou pelo Senado, crédito de carbono que está sancionado, biocombustíveis, combustível do futuro, nova indústria do Brasil, programas bem estruturados para alavancar o desenvolvimento, eu acredito que nós podemos chegar bem em 2026, espero que até comendo filé mignon”, afirmou o ministro à GloboNews na terça-feira, 7, ao ser perguntado se o governo Lula (PT) encerrará com “picanha do prato do brasileiro”.

Contudo, os dados de inflação divulgados nesta sexta, 10, mostram que o preço da carne bovina disparou 20,84% em 2024, a maior elevação desde 2019.

Cortes como acém, patinho e lagarto foram os que mais subiram em 12 meses, com altas de 25,24%, 24,13% e 22,8%, respectivamente.

Já o filé mignon subiu 18,53%.

Inflação

O IBGE informou nesta sexta, 10, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,52% em dezembro e fechou o ano com alta acumulada de 4,83%, fora do teto da meta de inflação, que é 4,5%.

“À exceção do grupo Habitação (-0,56%), os demais grupos de produtos e serviços tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,18%) e o maior impacto (0,25 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, seguido por Transportes, com alta de 0,67% e 0,14 p.p. O grupo Vestuário (1,14%) teve a segunda maior variação em dezembro, após o recuar 0,12% em novembro”, afirmou o instituto.

O preço da carne, que tem o maior peso na inflação de alimentos, só começou a subir a partir de setembro.

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A projeção do mercado

O resultado ficou abaixo da projeção do mercado financeiro, que projetava a inflação a 4,89%, segundo o relatório Focus divulgado na segunda, 6.

Para 2025, os analistas preveem uma inflação de…

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