Crise no exterior, ata do Copom e IPCA-15 podem mexer com juros
Investidores locais estão de olho no desenrolar das dificuldades econômicas no exterior, mas atentos às perspectivas para o juros internos. Agora pela manhã, o Banco Central divulga ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada na semana passada...
Investidores locais estão de olho no desenrolar das dificuldades econômicas no exterior, mas atentos às perspectivas para o juros internos. Agora pela manhã, o Banco Central divulga ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada na semana passada. O documento pode trazer mais clareza sobre os pontos de maior relevância para o colegiado na definição do ritmo de cortes na Selic e movimentar as taxas futuras, que hoje precificam cortes de 0,5 ponto percentual até meados de 2024 em todas os encontros do Comitê até lá.
Além disso, dados da prévia da inflação oficial podem impactar a curva de juros também. O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15). A expectativa de mercado é de que o índice mostre uma aceleração na pressão sobre os preços tanto na leitura mensal quanto na anual. O consenso aponta para uma inflação de 5,02% para o acumulado de 12 meses terminado em setembro, contra 4,24% da medição anterior. No levantamento mensal, a expectativa é que o indicador passe dos 0,28% registrados em agosto, para 0,37% em setembro.
No cenário político, o governo deve enfrentar pressão do parlamento pela derrubada dos vetos às medidas do arcabouço fiscal e do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Líderes ouvidos por O Antagonista prometem travar as votações de pautas econômicas até a apreciação das matérias.
Além disso, a discussão sobre o pagamento de precatórios ganhou força após a AGU (Advocacia-Geral da União) solicitar ao STF (Supremo Tribunal Federal) a classificação da correção da dívida como despesa financeira, o que liberaria parte dos limites de despesa e da meta de resultado primário da União. Caso a tese do governo seja aceita, a União conseguiria quitar o estoque atual de precatórios não pagos por meio da abertura de crédito extraordinário em 2024. A equipe econômica estima que cerca de R$ 95 bilhões do limite de despesa imposto pelo novo arcabouço fiscal seria liberado.
No campo das commodities, petróleo e minério de ferro recuam sob receio de desaceleração econômica global com alta de juros longos nos Estados Unidos e dificuldade de gigantes do setor imobiliário chinês para quitar dívidas.
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