Com agenda fraca, mercado reage a ataque do Irã contra Israel
Tensão no Oriente Médio aumentou com ação militar iraniana e incerteza sobre a resposta israelense
Os investidores estão de olho nos desdobramentos da ofensiva iraniana contra os israelenses no sábado, 13. Após a agressão com centenas de drones e mísseis, a expectativa ficar por conta da resposta de Israel, o que pode pressionar os preços do petróleo e aumentar a aversão a risco.
Na sexta-feira, 12, às vésperas dos ataques, o preço do barril do tipo Brent no mercado internacional chegou a subir mais de 2,7% durante a sessão, mas encerrou o dia com ganhos de 0,46%, cotado a 90,15 dólares. Na manhã desta segunda-feira, 15, o combustível opera em queda de quase 1%, abaixo por volta de 89,55 dólares o barril.
As notícias de que os Estados Unidos apoiam uma resposta diplomática para o conflito podem conter parte do receio em um escalada da violência na região ao se contrapor a promessa de uma resposta decisiva prometida pelas autoridade israelenses nos primeiros momentos.
Na agenda econômica local, a apresentação da balança comercial pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) abre a semana. Na quarta-feira, 17, será a vez da prévia do PIB (Produto Interno Bruto) com os números do Índice IBC-BR de atividade econômica de fevereiro, A expectativa do mercado, de acordo com levantamento da Bloomberg, é de crescimento de 0,4% na leitura mensal, contra 0,60% de expansão registrada em janeiro. Na leitura anual, a desaceleração econômica também deve ser sentida, com economista apontando um crescimento acumulado nos últimos 12 meses de 2,60%, contra 3,45% do período terminado em janeiro,
No cenário político, o mercado financeiro deve conhecer ainda nesta segunda-feira, 15, a meta fiscal a ser perseguida pelo governo em 2025. O objetivo apresentado pela equipe econômica de um superávit primário de 0,5% do PIB para o próximo ano pode ser revisado em função do insucesso das medidas arrecadatórias propostas pela Fazenda nos últimos meses. Isso pode afetar as expectativas dos agentes econômicos sobre os próximos passos da política monetária e manter as previsões para a taxa básica de juros pressionadas.
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