BC confirma pior maio para contas públicas desde a pandemia
Déficit do setor público, de acordo com o Banco Central, chegou perto de 64 bilhões de reais, maior rombo para o mês desde 2020
O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, menos Petrobras e Eletrobras) registrou déficit primário de 63,895 bilhões reais em maio. Esse é o pior desempenho para o mês desde 2020, auge da pandemia de Covid-19, quando ficou no vermelho em 131,4 bilhões de reais.
Em abril, a conta ficou superavitária em 6,688 bilhões de reais em abril. Enquanto que, no mesmo mês do ano passado, o desfalque estava em 50,172 bilhões de reais. O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Na medição do Banco Central, a conta é feita em função da necessidade de financiamento do Estado – aumento ou redução da dívida – enquanto que o Tesouro Nacional observa entrada de receitas e saída de despesas.
Na quarta-feira, 26, o Tesouro divulgou o déficit do governo central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – que ficou em 60,983 bilhões de reais em maio. Também o pior resultado para o mês desde 2020.
O déficit registrado agora pela autoridade monetária ainda assim ficou bastante acima do esperado pelo mercado, de acordo com a mediana das projeções coletadas pela Bloomberg, que era de um rombo na cada dos 59,5 bilhões de reais.
De acordo com o Banco Central, o resultado do setor público foi composto por um déficit primário de 60,778 bilhões de reais do governo central; déficit primário de 1,078 bilhão de reais nos estados e municípios; e déficit de 2,039 bilhões de reais das empresas estatais.
Para o ano, as contas do setor público consolidado acumularam déficit primário de 2,575 bilhões de reais janeiro a maio, o equivalente a 0,06% do PIB (Produto Interno Bruto). No mesmo período de 2023, a situação era de um superávit de 28,529 bilhões de reais, ou 0,65% do PIB.
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