Bancos Centrais comandam o show em semana de decisões sobre juros
A semana começa com a resposta monetária chinesa à economia local, que parece finalmente estar reacelerando. A expectativa é de manutenção das taxas em 4,20% (para 5 anos) e 3,45% (para um ano). O Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) divulga os novos juros na virada de terça para quarta-feira...
A semana começa com a resposta monetária chinesa à economia local, que parece finalmente estar reacelerando. A expectativa é de manutenção das taxas em 4,20% (para 5 anos) e 3,45% (para um ano). O Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) divulga os novos juros na virada de terça para quarta-feira.
Logo depois, durante o dia, o FOMC (Comitê Federal do Mercado Aberto) americano define a trajetória para os juros por lá. O consenso do mercado aponta para a manutenção do FED Funds – como é chamada a taxa básica nos Estados Unidos – em 5,5% no limite superior. A atenção, no entanto, estará mais focada no comunicado da autoridade monetária em busca de pistas sobre os próximos passos da autarquia. Neste ano, ainda serão outras duas reuniões do FED após esta semana, e o mercado aponta próximo de 50% de chances de uma nova alta de 0,25 p.p. nos juros, em uma demonstração clara de indefinição sobre o futuro da política monetária nos EUA.
Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve manter o ritmo de corte da Selic em 0,50 p.p. e anunciar uma nova redução dos atuais 13,25% para 12,75% da taxa básica, na quarta-feira. Por aqui, a curva futura de juros também demonstra indefinição quanto às decisões futuras e precifica 50% de probabilidade de uma aceleração no ciclo de cortes. Novamente, o comunicado do BC na quarta-feira, às 18h30, será alvo de bastante atenção dos investidores.
Na quinta e sexta-feira, será a vez do BOE (Banco da Inglaterra) e do BoJ (Banco do Japão) anunciarem as decisões monetária em realidades praticamente opostas. Nas terras do rei Charles III, a expectativa é de mais um aumento de 0,25 p.p. nas taxas, que serão anunciadas na quinta-feira, um dia após nova leitura sobre inflação na Grã-Bretanha (que deve acelerar para 7% nos últimos 12 meses). O Japão, no entanto, luta para manter a pressão sobre os preços em alta e deve manter os juros negativos em -0,1% a.a..
No cenário político, o Senado pode avançar nas discussões sobre Projeto de Lei das Debêntures de Infraestrutura (PL 2646/2020), que entra na pauta da Casa na terça-feira. O texto prevê incentivos para investimentos em infraestrutura com a intenção de atrair investidores estrangeiros e fundos de pensão. Apesar disso, a ausência do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, em viagem com a comitiva presidencial à reunião da ONU (Organização das Nações Unidas), reduz as chances de uma deliberação sobre a matéria na semana.
No campo das commodities, o minério de ferro recua cerca de 1% em Singapura, cotado a US$ 121,70 a tonelada. O petróleo amplia o rali recente e subia 0,57%, a US$ 94,49, às 8h05.
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