Banco Central faz 1º corte nos juros em 2024; Selic vai a 11,25%
A decisão foi divulgada pela autarquia pouco após o fechamento dos mercados no início da noite esta quarta-feira (31)
A primeira reunião de 2024 do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central terminou com mais um corte na taxa básica de juros (Selic). A redução foi de 0,5 ponto percentual.
Com isso, o patamar do indicador passou de 11,75% ao ano, para 11,25%. O menor patamar desde 2022.
Essa é a quinta queda consecutiva, desde que o ciclo de redução teve início, em agosto de 2023. A decisão foi unânime.
A decisão foi divulgada pela autarquia pouco após o fechamento dos mercados no início da noite esta quarta-feira (31).
A tendência, segundo o Banco Central, são novos cortes de 0,50 ponto percentual nos juros básicos do país nas próximas reuniões do Copom.
Ao menos mais duas vezes, a Selic cairá meio ponto, indica o comunicado do Banco Central. Na reunião agendada para 8 de maio, provavelmente, a taxa básica chegará aos 10,75%.
Na última reunião de 2023, em dezembro, o Copom cortou a taxa básica de juros de 12,25% para 11,75%, sempre em termos anuais.
O ciclo de aperto monetário do Banco Central começou em março de 2021 e seguiu até agosto de 2022, após 12 altas seguidas.
Antes do início do arrocho, a taxa estava congelada em 2%, menor patamar, desde agosto de 2020.
O Banco Central justificou o corte afirmando que “o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom”.
“A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, frisa.
O Copom alertou que o ambiente externo segue volátil, marcado pelo debate sobre o início da flexibilização de política monetária nas principais economias e por sinais de queda dos núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países.
“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, destacou.
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