Banco Central está tentando segurar o dólar no peito?
A autoridade monetária realizou nesta terça-feira, 17, a venda de 1,272 bilhão de dólares em resposta à alta da moeda americana
Em resposta à alta do dólar, o Banco Central realizou nesta terça-feira, 17, a venda de 1,272 bilhão de dólares em um leilão extraordinário no mercado à vista.
A intervenção, que não estava prevista, foi anunciada logo após a moeda americana apresentar uma nova alta, influenciada pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Às 10h30, o dólar era negociado a 6,17 reais. Às 11h, a moeda americana recuou para 6,15 reais.
Durante o leilão, que ocorreu entre 9h36 e 9h41, o Banco Central aceitou sete propostas, estabelecendo uma taxa de corte de 6,1005.
Essa é a quinta intervenção da autoridade monetária em menos de uma semana.
Galípolo mudou de ideia?
Futuro presidente do Banco Central, o diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo (foto), afirmou, em 2 de dezembro, que a autoridade monetária não iria segurar o câmbio “no peito”.
Ao comentar a desvalorização do real frente ao dólar, Galípolo disse que o câmbio flutuante “é um dos pilares da nossa matriz econômica”.
“Tem 370 bilhões de reais de reserva, por que não segura no peito? Mas quem está no mercado sabe que não é assim que funciona”, afirmou.
A ata do Copom
Em documento divulgado nesta terça, o Copom confirmou ter decidido por unanimidade elevar em um ponto percentual a Selic na semana passada.
O comitê também indicou que outras altas de mesma magnitude devem acontecer nas próximas duas reuniões, que acontecem nos primeiros meses de 2025.
“O Comitê decidiu, unanimemente, pela elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic e pela comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões.”
Se as elevações forem confirmadas, a Selic deve chegar a um patamar de 14,25% ao ano.
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