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Auditoria do TCU diz que governo não tem plano de contingência para crise do setor elétrico

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Antonio Temóteo
3 minutos de leitura 11.01.2022 07:15 comentários
Economia

Auditoria do TCU diz que governo não tem plano de contingência para crise do setor elétrico

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que não existe no governo e no Ministério de Minas e Energia (MME) "um plano estratégico de contingência para situações de crise hidroenergética"...

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Auditoria do TCU diz que governo não tem plano de contingência para crise do setor elétrico
Foto: Divulgação/TCU

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que não existe no governo e no Ministério de Minas e Energia (MME) um plano estratégico de contingência para situações de crise hidroenergética”.

Com a pior seca da história no ano passado e o risco de novo apagão do setor elétrico no país, o ministro Benjamin Zymler instaurou, em 4 junho de 2021, processo de fiscalização para “verificar a eficiência, tempestividade e suficiência das ações planejadas e efetivamente adotadas para fazer frente à situação de crise hidroenergética”. 

Os auditores da Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica (SeinfraElétrica) avaliaram:

  • a existência de um plano estratégico de contingência para situações de crise hidroenergética;
  • a efetividade das medidas adotadas para lidar com o risco de desabastecimento;
  • os impactos tarifários das medidas;
  • e causas estruturais que levaram ao risco de desabastecimento atual.

O relatório preliminar da SeinfraElétrica, obtido por O Antagonista, concluiu que:

  • “Não há um plano estratégico de contingência para situações críticas, resultando em medidas tomadas de maneira açodada e com pouca previsibilidade”;
  • “Constataram-se falhas no planejamento das ações, que tiveram foco no aumento da oferta de energia, sem a devida atenção para medidas de redução da demanda”;
  • “Não houve estimativa prévia dos impactos tarifários ao consumidor das medidas para enfrentamento da crise”;
  • “A MP 1.078/2021, autorizando operação de crédito financeiro ao setor elétrico brasileiro, que poderá aliviar reajustes tarifários em 2022, postergando-os para os anos seguintes, foi baseada em estudos prévios deficientes”;
  • “Por fim, identificou-se que não houve investigação das causas estruturais e conjunturais que concorreram para a crise hidroenergética”.

Os auditores também concluíram que “a falta de um plano estratégico de contingências prejudicou o planejamento e a previsibilidade das ações”. Eles ainda avaliaram que a ausência de estimativa prévia dos custos, e consequentes impactos tarifários, das medidas adotadas indica “deficiência na otimização das ações”. Além disso, a SeinfraElétrica afirmou que é necessário um “estudo circunstanciado para identificar e avaliar as principais causas da crise no setor de energia”.

Os auditores sugeriram ao ministro Zymler que determine ao MME que:

  • crie um plano estratégico de contingência para o enfrentamento de crises hidroenergéticas;
  • elabore estudo para identificar e propor soluções para as causas que levaram ao risco do desequilíbrio entre demanda e oferta de energia;
  •  e estabeleça metodologia a ser aplicada no cálculo da Bandeira Tarifária Extraordinária, apresente avaliação da vantagem de nova operação de crédito diante da utilização de Revisões Tarifárias Extraordinárias (RTEs) e realize estudo sobre a vantajosidade de inclusão dos diferimentos tarifários.

O processo ainda será avaliado pelo ministro relator, que pode concordar ou não com as avaliações dos auditores. Após concluir o relatório, Zymler submeterá a auditoria ao plenário do TCU.

Leia aqui a íntegra da auditoria do TCU

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Antonio Temóteo

Antonio Temóteo é jornalista formado pelo UniCeub. Foi repórter do Correio Braziliense e do UOL. Nesse período, se especializou na cobertura política e econômica em Brasília. Acompanhou o impeachment de Dilma Rousseff e a aprovação de diversas pautas econômicas no Congresso Nacional. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Abrapp, focado em matérias sobre fundos de pensão.

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