Ata do Copom diz que Selic deve cair em agosto
O Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, sinalizou nesta terça-feira (27) que a taxa básica de juros deve cair a partir de agosto, conforme adiantou O Antagonista...
O Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, sinalizou nesta terça-feira (27) que a taxa básica de juros deve cair a partir de agosto, conforme adiantou O Antagonista.
Na ata da reunião da semana passada, o colegiado revelou que houve divergência em torno do grau de sinalização sobre os próximos passos a serem dados, embora tenha predominado a opinião de que deveria haver a continuação do processo desinflacionário em curso, permitindo a queda da Selic já na próxima reunião.
“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião. Outro grupo mostrou-se mais cauteloso, enfatizando que a dinâmica desinflacionária ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo. Entretanto, os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária”, afirmou.
No documento, o Copom também deu um recado contra mudanças nas metas de inflação.
“As expectativas de inflação apresentaram algum recuo, mas seguem desancoradas, em parte em função do questionamento sobre uma possível alteração das metas de inflação futuras. O Comitê avalia que decisões que reancorem as expectativas podem levar a uma desinflação mais célere. As projeções de inflação do Copom se reduziram, especialmente, no horizonte relevante, em boa medida como função da redução das expectativas de inflação”, disse.
Outro ponto importante do documento foi a elevação da taxa de juros real neutra de 4% ao ano para 4,5%, indicando um nível normal de juros mais alto.
“Os membros avaliaram os diferentes fatores que justificam uma elevação e convergiram na conclusão de que houve uma elevação da taxa neutra. Dentre os fatores citados que apoiam a elevação da taxa neutra, citou-se uma possível elevação das taxas de juros neutras nas principais economias, a resiliência na atividade brasileira concomitante a um processo desinflacionário lento, assim como a análise de modelos auxiliares que incorporam diferentes metodologias”, afirmou a ata.
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