Às vésperas do IPCA, mercado avalia risco fiscal
O imbróglio envolvendo a MP (Medida Provisória) da Reoneração da Folha continua no radar do mercado financeiro. Após reunião com líderes partidários, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, ainda não definiu qual destino será dado à matéria....
O imbróglio envolvendo a MP (Medida Provisória) da Reoneração da Folha continua no radar do mercado financeiro. Após reunião com líderes partidários, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, ainda não definiu qual destino será dado à matéria.
O parlamentar indicou que, apesar da pressão dos líderes por uma devolução da MP, está buscando uma saída política para o impasse e tem mantido contato com o Executivo. Em coletiva, na terça-feira, 9, chegou a garantir que não deve tomar uma decisão antes de conversar com o Ministério da Fazenda.
A devolução do texto ao Executivo sem apreciação pelo Legislativo ainda não é a mais provável, mas continua sendo uma opção. Outra alternativa em discussão seria a transformação da MP em um ou vários projetos de lei. No entanto, o governo continua a ameaçar os parlamentares com a judicialização da matéria, caso não consiga avançar no Legislativo. A estratégia tem se mostrado pouco efetiva, e o efeito parece ser a piora no relacionamento entre os poderes.
Vale lembrar ainda que na coletiva de imprensa, Pacheco também destacou que há outras alternativas tanto de arrecadação quanto de corte de gastos públicos (um conhecido tabu nas gestões petistas) que podem manter essa desoneração. E defendeu que a medida é fundamental para a geração de empregos.
Enquanto a situação não se resolve, o mercado financeiro vai reprecificando as probabilidades de queda da Selic e aumentou nos últimos dias o piso para a taxa básica de juros de 9% ao ano para 9,5% ao ano. Para os que apostam em uma redução mais profunda das taxas, a esperança está nos números do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serão divulgados nesta quinta-feira, 11.
No cenário externo, os investidores também aguardam novos dados sobre a inflação nos Estados Unidos para recalibrar as apostas sobre o início dos cortes de juros por lá.
No campo das commodities, minério de ferro e petróleo retomam as quedas recentes, com preocupações com a desaceleração econômica.
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