Arrecadação cresce 11% em junho com alta do dólar e salários
Ao todo, foram pagos R$ 1,3 trilhão em tributos nos primeiros seis meses de 2024, alta de 9,08% (descontada a inflação) na comparação com 2023
A arrecadação de impostos federais cresceu 11,02% em termos reais (isto é, descontada a inflação) na comparação com maio, para 208,8 bilhões de reais. Nos primeiros seis meses do ano, a mão invisível do governo coletou 1,3 trilhão de reais, aumento de 9,08% na comparação com o mesmo período de 2023.
Esse foi o melhor resultado para os cofres do governo para junho em toda a série histórica e também para o primeiro semestre.
De acordo com análise da arrecadação divulgada pela Receita Federal, os ganhos de receita observados no período podem ser explicados pelo comportamento de variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior. Esses foram parcialmente compensado por perdas relacionadas à calamidade no Rio Grande do Sul.
A alta do dólar e os ganhos reais da massa salarial (que parecem impulsionar o aumento nas vendas e o volume de serviços) foram apontados pela autarquia como principais fatores macroeconômicos para o resultado da arrecadação.
A depreciação do real ajudou a receita com o IPI (Imposto sobre Importação) e o IPI-Vinculado à Importação que registraram arrecadação conjunta de 9,3 bilhões de reais e crescimento real de 45,71%. “Esse resultado decorre, basicamente, dos aumentos reais de 15,58% no valor em dólar (volume) das importações, de 11,08% na taxa média de câmbio, de 25,87% na alíquota média efetiva do I. Importação e de 21,05% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado“, explicou a Receita Federal no relatório divulgado nesta quinta-feira, 25.
O ganho de massa salarial também impulsionou os ganhos no IRRF (Imposto sobre Renda Retido na Fonte) – Trabalho, que apresentou somou 16 bilhões de reais no mês, com crescimento real de 12,34%. “Esse resultado se deve os acréscimos reais na arrecadação relativa aos “Rendimentos do Trabalho Assalariado” (+10,74%) e à “Participação nos Lucros ou Resultados PLR” (+121,60%)“, resume o relatório.
O documento destaca ainda os avanços em arrecadação em função do regime de transição dos fundos exclusivos, que gerou 440 milhões de reais no período. O valor está na linha do IRRF-Capital, que somou 19,9 bilhões de receita em junho, com crescimento real de 10,10%.
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