Apple sofre restrições na China, e JP Morgan revisa expectativa para ação
O banco americano JP Morgan baixou o preço-alvo para as ações da Apple após as notícias de que o governo chinês proibiu a utilização de equipamentos da marca por funcionários públicos e trabalhadores de estatais...
O banco americano JP Morgan baixou o preço-alvo para as ações da Apple após as notícias de que o governo chinês proibiu a utilização de equipamentos da marca por funcionários públicos e trabalhadores de estatais. A medida implementada para repartições federais, tem recebido adesão de governos locais nos últimos dias.
De acordo com análise da instituição financeira, a empresa fundada por Steve Jobs responde por cerca de 20% do mercado de celulares na China. Apesar de não acreditar que as restrições contra a Apple tenham impacto no volume de vendas previsto, Samik Chatterjee (que assina o relatório) entende que a medida pode fazer com que a empresa americana perca participação no gigante asiático em função de um possível crescimento nas vendas da concorrente chinesa Huawei. “As restrições coincidem com o lançamento recente do Mate 60 Pro (aparelho 5g da Huawei), e devem dificultar o ganho de espaço da Apple“, escreve.
Vale destacar que o preço das ações da Apple recuaram 6,40% nos últimos dois pregões nos Estados Unidos. O movimento fez com que a empresa perdesse mais de US$ 200 bilhões em preço de mercado, o equivalente a R$ 1 trilhão.
Além disso, o analista afirma que há pouco entusiasmo dos investidores pelo lançamento do Iphone 15, que tem lançamento marcado para o próximo dia 12 de setembro, mas não deve apresentar melhorias sensíveis ao aparelho. “Apesar disso, as atualizações da base de Iphones 14 devem se manter como o maior responsável pelo volume de vendas do Iphone 15, em função da lealdade da base de consumidores (da marca)”, explica Chatterjee.
Outro risco destacado no documento é uma possível saída de Tim Cook da liderança da empresa. A atual substituto de Steve Jobs é visto pelo mercado como peça fundamental para os bons resultados da companhia, mas de tempos em tempo boatos sobre a cadeira circulam nas mesas de operação.
Apesar dos desafios, o relatório mantém a perspectiva overweight para o papel, que indica que a performance da ação deve ficar acima do benchmark, mas reduz o preço-alvo de US$ 235 para US$ 230. Atualmente, a ação é negociada próxima a US$ 180.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)