A festa da inflação no Ministério da Fazenda e no BC
O resultado da inflação foi recebido com festa pela equipe econômica. No Ministério da Fazenda, em Brasília, o entendimento geral é de que o resultado dentro da meta...
O resultado da inflação foi recebido com festa pela equipe econômica. No Ministério da Fazenda, em Brasília, o entendimento geral é de que o resultado dentro da meta é mais um argumento que o chefe da pasta, Fernando Haddad, pode usar nas negociações da agenda com o Congresso, por exemplo.
Além disso, a inflação dentro da meta após três anos será usada como defesa do governo e da política fiscal e econômica adotadas durante o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula.
Haddad está de férias e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, que está exercendo o cargo de ministro em exercício da Fazenda, ainda não se manifestaram oficialmente.
Banco Central também comemora
Mas não só na Fazenda que a inflação na meta está sendo comemorada. No Banco Central,a notícia também foi bem recebida.
Entre as atribuições da autarquia está a de estabilidade do poder de compra da moeda, ou seja, garantir uma inflação estável.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não terá que dar justificativas a Haddad sobre a inflação. Assim 2024, não terá a famosa carta de explicações.
O Brasil teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023, resultado dentro do intervalo da meta de inflação para o ano.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O patamar da inflação é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2023 era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, o índice de preços poderia variar entre 1,75% e 4,75%.
Inflação em dezembro
Em dezembro, os preços subiram 0,56%. No último mês, o destaque foi o grupo de Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) no índice geral.
O resultado, segundo o IBGE, representa uma forte aceleração, já que o IPCA havia fechado novembro com alta de 0,28%. Em dezembro de 2022, teve alta de 0,62%.
Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês. Mas o grupo Alimentação e bebidas, principal responsável pela desinflação de 2023, foi destaque de alta pelo segundo mês seguido.
Alimentos batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%) subiram de preço.
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