56 milhões de brasileiros ganham dinheiro sem trabalhar
Pouco mais de 25% dos brasileiros com renda, recebem dinheiro de pensão, auxílios sociais, aluguéis ou pensão alimentícia
O rendimento médio mensal domiciliar per capita do Brasil chegou a 1.848 reais em 2023. O dado faz parte de uma edição especial da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o órgão, esse é o maior valor já apurado no país e representa um crescimento de 11,46% ante o valor de 2022, 1.658 reais. O recorde anterior tinha sido em 2019, quando ficou em 1.744. Na comparação com o período pré-pandemia o crescimento ficou em pouco menos de 6%.
A pesquisa Rendimento de todas as fontes 2023 mede os ganhos dos brasileiros a partir de todas as formas de renda, o que inclui não só dinheiro fruto de trabalho, mas também aposentadoria, pensão, programas sociais, rendimento de aplicações financeiras, alugueis, bolsas de estudo.
De acordo com o levantamento, 140 milhões dos 215,6 milhões de habitantes do país tinham algum tipo de rendimento em 2023, ou 64,9% da população.
O levantamento estima que 99,2 milhões de pessoas (46% da população) tinham no ano passado rendimentos obtidos por meio de formas de trabalho; e 56 milhões (26% da população) ganharam dinheiro sem trabalhar.
Sem trabalho, e com dinheiro
O rendimento médio de outras fontes diferentes do trabalho cresceu 6,1%, na comparação com o ano de 2022, chegando a 1.837 reais, um recorde da série histórica. Segundo o IBGE, o dinheiro obtido por meio do trabalho representava apenas 74,2% do total.
Como descreve a própria Agencia Brasil, os 25,8% restantes estão divididos entre “17,5% de aposentadoria e pensão, 2,2% de aluguel e arrendamento, 0,9% de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador e 5,2% de outros rendimentos, que incluem os programas sociais como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC -equivalente a um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade)“.
Com informações da Agência Brasil
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