O eleitor de Moro não vota em Bolsonaro
Flávio Bolsonaro, em entrevista à Crusoé, disse o seguinte: “Os votos que Moro terá no primeiro turno serão uma poupança para nós no segundo turno. Quem hoje escolhe Moro por conta dessa rejeição criada em torno de Bolsonaro, e que vamos reverter, votará em nós no segundo turno...
Flávio Bolsonaro, em entrevista à Crusoé, disse o seguinte:
“Os votos que Moro terá no primeiro turno serão uma poupança para nós no segundo turno. Quem hoje escolhe Moro por conta dessa rejeição criada em torno de Bolsonaro, e que vamos reverter, votará em nós no segundo turno. Acho difícil alguém que pensa em votar no Moro cogite votar no ex-presidiário”.
Tão difícil quanto isso é pensar que Bolsonaro, depois de se aliar àqueles que tiraram o ex-presidiário da cadeia, possa recuperar os eleitores de Moro. Entre os defensores da Lava Jato, a rejeição a Bolsonaro é irreversível.
Flávio Bolsonaro disse também:
“A única coisa que concordo com Moro é que Lula é ladrão. Mas, se o pessoal do mercado critica Bolsonaro porque ele causa algum tensionamento na relação com o Supremo, imagina como vai ser com o Moro. Dizem que Bolsonaro não tem interlocução com o Congresso. Imagina como vai ser com o Moro. A Bolsa de Valores vai para zero”.
O bolsonarismo está numa enrascada sem tamanho: não dá para dizer que Lula é ladrão e, ao mesmo tempo, desqualificar Moro. O eleitor não é idiota. Ele sabe que o custo da blindagem de Bolsonaro foi seu acordão com os quadrilheiros, e que isso resultou no fim da Lava Jato e na soltura de Lula. Entre o Centrão e a Lava Jato, Bolsonaro escolheu o Centrão. E, em outubro, deve ser abandonado pelos apoiadores de ambos.
No fim de semana, publiquei dois post sobre o assunto: “Não há Terceira Via sem Moro” e “O voto nulo vai vencer”.
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