Moro tem de correr
Em 10 de novembro, Sergio Moro vai se filiar ao Podemos e dar a largada à campanha presidencial. Os leitores de O Antagonista sabem que eu sempre fui uma macaca de auditório da Lava Jato. Foi a melhor coisa que surgiu no Brasil desde João Gilberto. Por isso mesmo, me sinto à vontade para dar um palpite - em público, e não por WhatsApp - ao próprio Moro...
Em 10 de novembro, Sergio Moro vai se filiar ao Podemos e dar a largada à campanha presidencial.
Os leitores de O Antagonista sabem que eu sempre fui uma macaca de auditório da Lava Jato. Foi a melhor coisa que surgiu no Brasil desde João Gilberto. Por isso, me sinto à vontade para dar um palpite – em público, não por WhatsApp – ao próprio Moro: ele precisa urgentemente de uma equipe profissional e transparente. Ele tem tudo para se eleger. Mas, depois de se eleger, é preciso governar, com gente capaz e independente.
O maior erro que Moro pode cometer é passar a imagem de salvador da pátria. Para evitar que isso ocorra, a equipe é essencial. Não dá para improvisar. Tirar o Brasil do buraco é uma tarefa complicada, que vai exigir o empenho das melhores figuras da nossa classe dirigente. Se Moro ficar restrito às pequenezas do Podemos, ele pode até vencer, mas não vai servir para nada. A conversa com Arminio Fraga é imprescindível, assim como com Pérsio Arida, Affonso Celso Pastore, Marcos Lisboa. Um coordenador político que tenha canais com os partidos também é urgente, além de um marqueteiro acima de qualquer suspeita.
Faltam apenas dezenove dias até a largada da campanha. Moro tem de correr.
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