Desmascarando a PGR
A CPI da Covid tem de enquadrar a subprocuradora Lindôra Araújo. Para defender Jair Bolsonaro, que sempre sabotou criminosamente o uso de máscaras, ela o autorizou a descumprir a lei argumentando que inexistem “testes rigorosos que comprovem a medida exata da eficácia da máscara como meio de prevenir a propagação do novo coronavírus”...
A CPI da Covid tem de enquadrar a subprocuradora Lindôra Araújo.
Para defender Jair Bolsonaro, que sempre sabotou criminosamente o uso de máscaras, ela o autorizou a descumprir a lei argumentando que inexistem “testes rigorosos que comprovem a medida exata da eficácia da máscara como meio de prevenir a propagação do novo coronavírus”.
A omissão da PGR deveria ser o foco dessa fase final da CPI, porque o relatório dos senadores, como se sabe, será enterrado pelo Ministério Público bolsonarista.
O caso de Lindôra Araújo, porém, é ainda mais grave. Além da omissão, há a mentira. A fim de isentar o sociopata de qualquer responsabilidade por 570 mil cadáveres, ela simplesmente desconsiderou a imensa quantidade de estudos científicos que atestaram a indispensabilidade da máscara, um dos únicos instrumentos comprovadamente eficazes na luta contra a epidemia.
Pela lógica deturpada da subprocuradora, de fato, se o presidente da República não pode ser obrigado a usar a máscara, ninguém pode.
Antes de recorrer aos tribunais internacionais, é urgente que a CPI da Covid tente descontaminar a PGR da anarquia bolsonarista. Sem isso, o Brasil não tem a menor chance de se reerguer.
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