A taxa de covardia de Guedes
O melhor indicador para prever o que vai acontecer na economia é a taxa de covardia de Paulo Guedes. Ontem à tarde, em sua entrevista coletiva ao lado de Jair Bolsonaro, essa taxa disparou mais do que o dólar...
O melhor indicador para prever o que vai acontecer na economia é a taxa de covardia de Paulo Guedes. Ontem à tarde, em sua entrevista coletiva ao lado de Jair Bolsonaro, essa taxa disparou mais do que o dólar.
Em primeiro lugar, ele humilhou seu ex-número dois, Bruno Funchal, que tentou resistir à pilhagem do bando bolsonarista. Paulo Guedes referiu-se a ele apenas como “jovem”.
“Toda vez que tiver aumento localizado, comida, material de construção, é temporário. Agora, se está virando generalizado, se está subindo tudo, todo mundo tem que olhar para o Banco Central (…). Quando saí para ir aos Estados Unidos, o fiscal estava super arrumado. Então, se a inflação está subindo, vamos correr atrás (…). Se o fiscal piorou um pouco, eu voltei de viagem e o fiscal piorou um pouco, então tem que correr um pouquinho mais com o juro também”.
Detalhe cômico: ele passou apenas seis dias nos Estados Unidos.
Em terceiro lugar, ele acusou a “ala política” de ter feito uma “pescaria” no BTG, a fim de fisgar Mansueto Almeida para o seu lugar, mas isentou Jair Bolsonaro, como se o sociopata não mandasse em seu próprio governo – o que é parcialmente verdadeiro, mas é uma covardia mesmo assim.
O resumo é que o velho Centrão pode jogar seu anzol no oceano do gasto público e pescar a queda do PIB, com o aumento acelerado dos juros.
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