Josias Teófilo na Crusoé: Fake news e as ilusões perdidas de Balzac
Em 2022 foi lançado o filme As Ilusões Perdidas, baseado no romance homônimo do francês Honoré de Balzac. Dirigido por Xavier Giannoli, o filme retrata o conturbado contexto pós-revolucionário na França, em que jornais nasciam e morriam, autores obtinham a glória repentina, reputações eram destruídas – não raro por mentiras...
Em 2022 foi lançado o filme As Ilusões Perdidas, baseado no romance homônimo do francês Honoré de Balzac. Dirigido por Xavier Giannoli, o filme retrata o conturbado contexto pós-revolucionário na França, em que jornais nasciam e morriam, autores obtinham a glória repentina, reputações eram destruídas – não raro por mentiras. Hoje seriam chamadas de fake news.
Tudo isso está no filme e no livro. A comparação com os tempos atuais é inevitável.
O livro é um dos mais importantes de Balzac. Há quem diga que é sua obra-prima – junto com a continuação, Esplendores e Misérias das Cortesãs. Oscar Wild chegou a dizer: “A tragédia da minha vida é a morte de Lucien de Rubrempré [protagonista das Ilusões Perdidas]”. As Ilusões Perdidas são parte da Comédia Humana, conjunto monumental de romances de Balzac, com 95 obras em 17 volumes.
Napoleão inspirou com seus feitos toda uma geração. Balzac não foi diferente. Ele dizia que desejava completar com a pena o que Napoleão fez com a espada. Enquanto o imperador conquistou um mundo, ele criava um mundo à parte, diretamente de sua imaginação. E de sua pena.
Se Dante Alighieri escreveu A Divina Comédia, um poema épico e teológico, Balzac escreveu a Comédia Humana, marco do romance realista. Para Otto Maria Carpeaux “a história do romance como gênero literário divide-se em duas épocas: antes e depois de Balzac”. É que o nome – romance – vem de história romanesca, fora do comum. Balzac a transforma em “espelho de nosso mundo, de nossas cidades e ruas, de nossas casas, dos dramas que se passam em nossos apartamentos e quartos”.
Seus personagens…
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