Josias Teófilo na Crusoé: Em defesa da cota de tela para filmes brasileiros
A cota de tela, lei que estabelece a obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais no circuito exibidor e na TV paga, voltou a ser discutida desde setembro de 2021...
A cota de tela, lei que estabelece a obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais no circuito exibidor e na TV paga, voltou a ser discutida desde setembro de 2021, quando deixou de valer. Leis como essa costumam provocar reações mais extremadas em redes sociais, principalmente de setores liberais, que a veem apenas como protecionista, ou como se fosse tão-só uma tentativa de forçar o espectador a ver filmes brasileiros. Ainda mais porque a esquerda encampou o projeto: corre no Senado Federal uma lei do senador Randolfe Rodrigues que tem por objetivo renovar a cota de tela até 2043.
A ministra da Cultura Margareth Meneses escreveu um texto na Folha de S. Paulo em agosto dizendo que o setor cinematográfico brasileiro enfrenta a concorrência desleal de superproduções estrangeiras. “Existem diferentes mecanismos de proteção das indústrias nacionais ao redor do mundo e as cotas de tela são aplicadas em países como China, França e Coreia do Sul, além de outros locais de indústria audiovisual emergente, como Colômbia e Bolívia”, escreveu a ministra.
Já as associações de exibidores cinematográficos pensam diferente. Ainda em agosto eles escreveram uma nota bastante incisiva. A nota, encaminhada aos jornais, dizia: “(O projeto) pode ser uma pá de cal para os exibidores brasileiros, que ainda sofrem com os impactos da longa paralisação provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19). A proposta, segundo as principais entidades representativas do setor, pode provocar o fechamento de complexos cinematográficos que mantêm entre uma e três salas em pequenas e médias cidades do país, entre outros efeitos“.
E ainda disseram mais…
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