Josias Teófilo na Crusoé: “Diluição ou popularização?”
Quando surgiu o fenômeno literário de Harry Potter, os comentadores louvaram o fato de os jovens estarem voltando a ler...
Quando surgiu o fenômeno literário de Harry Potter, os comentadores louvaram o fato de os jovens estarem voltando a ler, dizendo que essa seria a porta de entrada para o mundo da literatura mais séria e mais profunda. O que aconteceu na prática? Aqueles leitores ficaram consumindo esse tipo de livro e só. Não foi uma porta de entrada para a literatura, foi só um novo nicho de mercado que se criou.
O mesmo acontece na música clássica. Os exemplos são vários. Desde concertos com música de cinema em que o maestro se veste de Darth Vader e rege com uma sabre de luz, o concerto de músicas bregas feita pela Orquestra Sinfônica da Bahia, ou a pausa do selfie no Theatro Municipal de São Paulo (no final do concerto, um trecho é repetido para as pessoas fazerem selfies, filmarem etc).
A intenção é atrair um público maior, especialmente jovens. Mas será que atrai mesmo? Não duvido que esses concertos em si tenham um bom público. Mas acontece o mesmo do fenômeno Harry Potter: esse novo público fica só ali. Ele não vai virar assinante ou frequentador da orquestra.
Vamos dar um exemplo oposto. O…
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