Josias Teófilo na Crusoé: De olhos bem fechados para a realidade circundante
A classe artística, dependente dos próprios vícios, tornou-se alheia à realidade
Artistas são pessoas que lidam com emoções extremas. E essas emoções não raro causam dependência.
Um astro pop pode cantar para milhões de pessoas num dia e, no outro, precisa voltar para a vida cotidiana normal. Um cineasta pode lançar um filme e viajar pelo mundo, mas uma hora ele precisa voltar à rotina. Depois da aventura, vem a rotina – para usar o binômio do título do livro de Gilberto Freyre.
O substituto mais comum para manter a dependência de emoções extremas é o uso de drogas.
As drogas são uma forma de manter aquele grau de estímulo emocional. É por isso que tantos artistas são dependentes, ou tiveram que se internar, ou morreram por causa da dependência química.
Outro caminho possível na busca pelas emoções extremas é o da sexualidade, inclusive as proibidas por lei – como a prostituição (nos Estados Unidos é proibido em muitos estados), tráfico sexual e a pedofilia. O rapper P. Diddy foi acusado de tudo isso em setembro deste ano.
Esse caso – que o levou à prisão, onde aguarda julgamento por agressão, pedofilia, tráfico sexual e vários outros crimes – tornou-se emblemático de uma elite moralmente degradada que usa do dinheiro e do poder para silenciar suas vítimas.
Nisso, a história de Diddy é semelhante ao caso Epstein, mas tem um potencial ainda mais destrutivo, porque artistas muito famosos podem estar envolvidos (Jennifer Lopez, Leonardo di Caprio e as irmãs Kardashian participaram das festas).
Tudo isso colabora com certa visão da elite que foi condensada no filme De olhos bem fechados, de Stanley Kubrick.
O filme mostra um casal em crise (interpretado por Tom Cruise e Nicole Kidman), atraído por uma sociedade secreta que promove festas sexuais…
Siga a leitura em Crusoé. Assine e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)