Jerônimo Teixeira: “Caetano Veloso, 80 anos de ambiguidades”
Os 80 anos do compositor baiano Caetano Veloso, completados neste domingo, expõem ao mesmo tempo a genialidade de um dos maiores cantores brasileiros e pais fundadores da música moderna brasileira - e um cidadão de posições políticas que pouco parecem conversar entre si, diz o escritor Jerônimo Teixeira, em artigo na Crusoé...
- Os 80 anos do compositor baiano Caetano Veloso, completados neste domingo, expõem ao mesmo tempo a genialidade de um dos maiores cantores brasileiros e pais fundadores da música moderna brasileira – e um cidadão de posições políticas que pouco parecem conversar entre si, diz o escritor Jerônimo Teixeira, em artigo na Crusoé.
“ Há até bem pouco tempo, a elasticidade política do compositor baiano era motivo de piada. Capaz de elogiar de Antônio Carlos Magalhães a Mangabeira Unger e de ir do petismo ao tucanismo às vezes em uma só entrevista, Caetano parecia repetir continuamente um verso de Ele me Deu um Beijo na Boca: “sim, mas sim, mas não, nem isso”. Suas ambiguidades e ambivalências na política talvez espelhassem a estética tropicalista, que conjugava o brega e o chique, o atrasado e o moderno, Vicente Celestino e João Gilberto. Em algumas canções, essa inconstância eclética ganha a forma de uma traço do caráter brasileiro – um traço ao qual o compositor atribui uma beleza própria, original. Por exemplo, em Americanos: “…aqui embaixo [vale dizer, no Brasil] a indefinição é o regime,/ e dançamos com um graça cujo segredo/ nem eu mesmo sei””
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