Crusoé: Por uso de IA, prêmio literário exclui livro de finalistas
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou, nesta sexta-feira, 10, que excluiu a edição de "Frankenstein" dos finalistas da categoria "Ilustração" do prêmio Jabuti, a principal premiação literária do país. Isto porque o trabalho teria sido em parte construído com inteligência artificial...
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou, nesta sexta-feira, 10, que excluiu a edição de “Frankenstein” dos finalistas da categoria “Ilustração” do prêmio Jabuti, a principal premiação literária do país. Isto porque o trabalho teria sido em parte construído com inteligência artificial.
A decisão afeta a publicação da editora Clube de Literatura Clássica, que lançou uma edição especial da obra da inglesa Mary Shelley neste ano. A capa, que é parcialmente reproduzida na foto que ilustra esta matéria, foi concebida pelo designer Vicente Pessôa, com o auxílio do Midjourney, aplicação de inteligência artificial própria para ilustrações.
Em nota nesta sexta-feira (10),a CBL apenas afirmou que o uso de inteligência artificial é um caso não previsto nas normas.
A informação de autoria não foi omitida pela editora na ficha técnica do livro, mas nem a CBL nem os jurados parecem ter notado a questão. “Não conheço os nomes de ferramentas de inteligência artificial, nem quero conhecer. A organização do prêmio, ao me enviar o livro, também desconhecia o nome desta ferramenta”, escreveu o cartunista André Dahmer, um dos três jurados responsáveis pela categoria. Ele indica que outro dos jurados, um cartunista, também indicou desconhecer a plataforma.
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