Crusoé: “Como escapar das ideologias, com Fernando Gabeira”
O escritor e jornalista comenta os autores que mais o ajudaram a formar um perfil cético e avesso a ideias pré-formatadas, como John Gray e Ulrich Beck
Em sua participação no Ilha de Cultura, o escritor e jornalista Fernando Gabeira escolheu comentar autores que o ajudaram a estruturar ideias nascidas da sua própria experiência de vida.
Gabeira pertenceu à extrema-esquerda na juventude. Participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969, como integrante do grupo guerrilheiro MR-8. Foi preso e depois exilado. Na volta ao Brasil, quase dez anos mais tarde, já não estava tão convicto das crenças socialistas, que continuou questionando até não se ver mais como alguém ligado à esquerda. Isso não significa que tenha virado à direita. Passou a cultivar um modo de pensar mais cético, pragmático, avesso às soluções pré-formatadas. Os autores que mais o ajudaram e traçar esse caminho entre as ideologias foram o inglês John Gray e o alemão Ulrich Beck.
Autor de vários livros, entre os quais O Que É Isso, Companheiro?, que fala de seu tempo na guerrilha, Gabeira diz que está progredindo devagar em uma nova obra. Como jornalista, ele mantém uma coluna no Estadão, faz comentários na Globonews e produz reportagens em vídeo — documentários são outro grande interesse e rendem uma recomendação extra no final da conversa.
Abaixo, assista ao vídeo em que Gabeira fala das seguintes obras:
Anatomia de Gray (Record): Coletânea de textos do ensaísta inglês John Gray que aponta os erros do pensamento de esquerda e as limitações do liberalismo clássico.
As Metamorfoses do Mundo (Zahar): o livro do alemão Ulrich Beck aponta para uma “política cosmopolita” que inclua a sobrevivência do planeta entre as suas preocupações.
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