O presidente Jair Bolsonaro transformou em questão de honra a indicação do filho Eduardo como embaixador em Washington. Na defesa do 03, fala da necessidade de ter por lá alguém de confiança e com acesso à família Trump.

De fato, o deputado federal parece desfrutar de certa simpatia na Casa Branca, portas que lhe foram abertas pela turma da alt-right que ascendeu no Partido Republicano – e que, agora, busca adeptos mundo afora para fortalecer o movimento.

O presidente Jair Bolsonaro transformou em questão de honra a indicação do filho Eduardo como embaixador em Washington. Na defesa do 03, fala da necessidade de ter por lá alguém de confiança e com acesso à família Trump.

De fato, o deputado federal parece desfrutar de certa simpatia na Casa Branca, portas que lhe foram abertas pela turma da alt-right que ascendeu no Partido Republicano – e que, agora, busca adeptos mundo afora para fortalecer o movimento.

Nessa estratégia, Eduardo é considerado um novo e importante recruta.

Em novembro de 2018, depois da eleição, o 03 esteve com Jared Kushner, conselheiro sênior da Casa Branca e genro de Donald Trump. Saiu do encontro usando um boné com o slogan da campanha de reeleição do americano.

No mês seguinte, baixou em Foz do Iguaçu para participar da primeira Cúpula Conservadora das Américas, organizada pela Fundação Índigo, do PSL. O evento terminou com a divulgação de uma carta de princípios, dentre eles o “fortalecimento dos valores da cultura ocidental”.

Em seu discurso, Eduardo repisou as críticas à ditadura de Nicolás Maduro e ao Foro de São Paulo.

Em fevereiro deste ano, o filho do presidente da República foi anunciado, por Steve Bannon, como o “líder” na América do Sul do The Movement (O Movimento), articulação da alt-right comandada por Bannon.

Os dois já se encontraram várias vezes. O The Movement se apresenta como “uma resposta à Open Society de George Soros”.

Também em fevereiro, Eduardo compareceu a uma festa na Flórida organizada pelo grupo Trumpettes USA, onde defendeu a proposta de Trump de construir um muro na fronteira com o México.

Em março, o deputado acompanhou o pai na visita a Trump em Washington, sentou-se num dos sofás do Salão Oval da Casa Branca e participou da reunião a portas fechadas entre os dois presidentes – a pedido do americano.

Em abril, fez uma espécie de tour da direita. Foi recebido pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e depois por Matteo Salvini, vice-premiê e ministro do Interior da Itália. Na quarta-feira 17, Salvini celebrou a possível indicação do amigo para o posto em Washington.

O The Movement, de Bannon, conta com a simpatia de Orbán, e Salvini é membro oficial.