A sopa de letrinhas dos partidos brasileiros
A história demonstra que socialismo e liberdade são como água e óleo. Mas, no Brasil, há partido que acredita conseguir misturá-los.
Uma breve análise do comportamento das siglas que compõem a fauna política brasileira indica que vivemos um verdadeiro caos.
Tente explicar a um estrangeiro, por exemplo, que o partido Partido Social Liberal não é social liberal, mas nacionalista. Ou que o Partido dos Trabalhadores, que se diz social democrata, é bolivariano.
Ou ainda que o Partido da Social Democracia Brasileira, que poderia reclamar o rótulo, atua como um social liberal.
Uma breve análise do comportamento das siglas que compõem a fauna política brasileira indica que vivemos um verdadeiro caos.
Tente explicar a um estrangeiro, por exemplo, que o partido Partido Social Liberal não é social liberal, mas nacionalista. Ou que o Partido dos Trabalhadores, que se diz social democrata, é bolivariano.
Ou ainda que o Partido da Social Democracia Brasileira, que poderia reclamar o rótulo, atua como um social liberal.
A lista é grande: O Partido Novo é liberal. O Partido Liberal resgatou uma velha denominação mirando eleitores conservadores. Conservador, contudo, é o Partido Progressista. E progressista é o Partido Socialismo e Liberdade, cujo nome é uma contradição em si.
O Solidariedade é meio egoísta e andou pregando que a reforma da Previdência fosse desidratada para evitar uma reeleição de Jair Bolsonaro. Com um único deputado federal, o Rede Sustentabilidade não consegue sustentar uma rede.
Mas já vive uma situação melhor que a do Partido da Mulher Brasileira, que praticamente só tinha homens – até que todos pularam a cerca e buscaram outras legendas ainda na legislatura passada.
Desde que nasceu, o Partido Social Democrático é governista, assim como costuma ser o Movimento Democrático Brasileiro. Difícil, contudo, é explicar a um estrangeiro que o Democratas vem da base da ditadura.
Em vez de sintetizar ideias e programas, as nomenclaturas dos partidos brasileiros são meros slogans publicitários, destinados a fisgar o voto dos incautos. Pouco ou nada valem diante da oferta de cargos num ministério ou na articulação pela eleição do próximo presidente da Câmara.
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