Projeto de lei quer a abolição de radares móveis e drones na fiscalização de velocidade
Projeto de lei em análise na Assembleia Legislativa de Santa Catarina pode abolir radares móveis.
O recente projeto de lei (PL) proposto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) gerou um debate significativo sobre a viabilidade de suprimir o uso de radares móveis e drones na fiscalização de velocidade nas rodovias estaduais. A iniciativa deste projeto é do deputado Sérgio Guimarães, objetivando transformar a abordagem atual de monitoramento de tráfego rodoviário.
Esta proposta trouxe à tona preocupações sobre a segurança viária e a possibilidade de aumento na impunidade para motoristas que ultrapassam os limites de velocidade. A questão central é a adequação desta medida à legislação vigente e o impacto potencial na segurança das estradas.
Qual é a função dos radares móveis nas estradas?
Os radares móveis são ferramentas importantes no controle da velocidade nas rodovias. Seu uso busca inibir comportamentos arriscados por parte dos motoristas, maximizando a segurança nos trechos rodoviários. Em Santa Catarina, onde não há radares fixos, o papel dos dispositivos móveis se torna ainda mais vital para a fiscalização efetiva.
A ausência desses meios poderia, segundo especialistas em segurança viária, resultar em um aumento de acidentes fatais nas estradas estaduais. Motoristas alertados pela presença de radares demonstram, historicamente, menos propensão a comportamentos imprudentes, como o excesso de velocidade.
Os argumentos por trás da proposta de lei
O deputado Sérgio Guimarães defende seu projeto afirmando que visa proporcionar mais transparência e previsibilidade na fiscalização. Para ele, esta mudança traria um equilíbrio no processo de monitoramento, evitando possíveis armadilhas para os condutores.
Entretanto, muitas vozes se levantaram contra a proposta, questionando sua eficácia e legalidade. Autoridades e especialistas em direito pontuam que a regulação das normas de trânsito é competência da União, sendo inadmissível uma alteração unilateral por parte do estado.
Quais são as consequências potenciais do projeto de lei?
Os possíveis efeitos da aprovação deste PL são tema de grande preocupação entre as autoridades de trânsito. Em municípios onde a fiscalização é mais frouxa, há uma tendência de aumento nas infrações e, consequentemente, nos acidentes graves. Santa Catarina, que já registra uma média preocupante de cerca de 200 mortes anuais em suas estradas estaduais, pode enfrentar números ainda mais elevados.
A segurança nas rodovias está intimamente ligada ao respeito às normas existentes, que são reforçadas pela vigilância contínua. Uma diminuição nesta vigilância, sem alternativa eficaz de controle, indicaria um retrocesso para a segurança viária.
Próximos passos e implicações finais do projeto de lei
O projeto avança nas etapas de análise nas comissões competentes da Alesc e segue para a Comissão de Tributação e Finanças. A expectativa é de debates acalorados, já que a proposta mexe com a infraestrutura e a segurança das rodovias de maneira considerável.
A aprovação desta medida traria implicações diretas para a gestão do trânsito em Santa Catarina, possivelmente exigindo uma reavaliação das políticas de segurança rodoviária. Especialistas alertam que pode levar a um cenário de menor controle sobre infrações, necessitando de novas estratégias para garantir a proteção dos usuários das estradas estaduais.
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