Vou morrer sem entender o que aconteceu 2018, diz Lula no Rio
Presidente Lula também usou o termo “praga de gafanhoto” para se referir à gestão Bolsonaro
Em agenda no Rio de Janeiro, o presidente Lula falou sobre a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018. Sem citar diretamente o ex-presidente, Lula afirmou que vai “morrer sem entender o que aconteceu”. Ele também usou o termo “praga de gafanhoto” para se referir à gestão Bolsonaro.
“Eu nunca tive divergência se a pessoa é mais à esquerda ou direita. Agora eu confesso que vou morrer sem entender o que aconteceu nas eleições para presidente de 2018. Porque o Brasil não merecia eleger uma praga de gafanhoto para dirigir este país, sinceramente”, disse.
A declaração foi dada durante lançamentos na área da educação em evento no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio.
Ao lado do presidente estava o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes. “Vocês têm um prefeito especial. Oque a gente gostaria é que vocês respeitassem a diferença do prefeito que vocês tiveram há pouco tempo atrás e do prefeito que vocês tem agora para a gente saber que vale a pena”, afirmou Lula ao se referir à Paes.
Disputa no Rio
As eleições municipais no Rio de Janeiro, tanto capital quanto cidades, aparecem entre as prioridades do PT, que tenta recuperar espaço no estado que garantiu vantagem a Jair Bolsonaro em 2018 e 2022.
Na capital, Paes vai concorrer à reeleição. Conta com o apoio de Lula. O PT articula a indicação do nome para a vice na chapa. Um dos cotados é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela ainda não é filiada ao PT, mas está em movimento para ingressar no partido. Anielle participou da agenda.
Na noite da terça, Paes organizou um jantar para Lula e a primeira-dama, Janja, na Gávea Pequena, residência oficial do prefeito. O evento foi mencionado por Paes no discurso e foi marcado por roda de sambas-enredo e chorinho. Secretários e deputados federais e estaduais estiveram presentes. O governador Cláudio Castro (PL), no entanto, não foi convidado.
O PL mantém planos de lançar o deputado federal Alexandre Ramagem como candidato contra Paes. Ele conta com o apoio de Jair Bolsonaro e deve ter como coordenador de campanha o filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro.
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