“Voto impresso é um risco para o processo eleitoral”, diz Barroso
Luís Roberto Barroso disse hoje que o "voto impresso é um risco para o processo eleitoral", durante participação de sessão do Senado para debate sobre a reforma eleitoral. Segundo o presidente do TSE, o problema da conferência física das eleições existe porque devolve ao pleito o contato humano com a cédula, que foi abolido desde 1996...
Luís Roberto Barroso disse hoje que o “voto impresso é um risco para o processo eleitoral”, durante participação de sessão do Senado para debate sobre a reforma eleitoral.
Segundo o presidente do TSE, o problema da conferência em papel das eleições existe porque devolve ao pleito o contato humano com a cédula, que foi abolido desde 1996.
“O TSE tem sido contrário ao voto impresso porque será necessário transportar 150 milhões de votos no país do roubo de carga, da milícia, do PCC, dos Amigos do Norte”.
Barroso voltou a defender que “o sistema é seguro”, pois as urnas não são conectadas em rede, o que impede hackeamentos. Disse também que os partidos, mesmo convidados, sequer participam das etapas de auditoria das urnas “porque confiam no sistema”.
O ministro ainda respondeu diretamente a Jair Bolsonaro, que vive dizendo que hackers podem invadir o TSE, porque conseguem entrar nos sistemas de Nasa, FBI e Pentágono.
“Até atacam, mas mesmo que derrubem o sistema, o que nunca aconteceu, as urnas não entram em rede, então não há como fraudar o resultado eleitoral”, disse Barroso.
Para o presidente do TSE, a conferência impressa do voto funcionará apenas para “quebra de sigilo”.
“No voto eletrônico, o eleitor vota e aquilo vai para um arquivo digital na urna. No voto impresso, aparece na tela toda a composição do voto. De modo que na recontagem é possível rever tudo. Num país em que se compra voto, quem comprou vai poder conferir se o voto entrou inteiro e ainda combinar de anular o voto de deputado estadual para saber se o que foi comprado foi entregue mesmo.”
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