Vítima de assassinato aparece em julgamento e inocenta acusado: “Vivinho”
Durante quase três décadas, ele permaneceu sob o peso de uma condenação injusta e a ameaça constante de ser preso novamente.
Em um raro e surpreendente revés no sistema jurídico brasileiro, a história de Ricardo Alexandre dos Santos expõe as complexidades e falhas que podem ocorrer ao longo de décadas em um caso criminal, quando, acusado de forma equivocada em 1997 pelo assassinato de Marcelo Lopes da Silva, Ricardo passou quase 30 anos com o estigma de um crime que, de fato, nunca aconteceu.
Isso porque, Ricardo só foi finalmente inocentado em setembro desse ano, quando Marcelo reapareceu vivo durante uma audiência em Alagoas.
Como o erro no caso de Marcelo Lopes da Silva afetou a vida de Ricardo Alexandre dos Santos
O erro do sistema de justiça teve impacto profundo na vida de Ricardo, limitando suas oportunidades de trabalho e abalo psicológico.
Durante quase três décadas, ele permaneceu sob o peso de uma condenação injusta e a ameaça constante de ser preso novamente.
A situação de Ricardo ficou ainda mais grave devido à falta de comunicação eficiente entre as autoridades policiais e o sistema judiciário, e só foi revista em 2025, quando houve sua prisão mais recente por um crime que nunca cometeu.

O que levou à descoberta de que Marcelo estava vivo
A revelação de que Marcelo estava vivo ocorreu somente após uma reabertura da investigação, motivada por novos procedimentos judiciais em 2025.
Durante uma audiência, a aparição de Marcelo por videochamada desfez décadas de equívoco.
Esse acontecimento inesperado ressaltou falhas graves nos processos de verificação das informações e na reavaliação de casos antigos. O erro poderia ter sido evitado por meio de:
- Verificação adequada da identidade do suposto falecido antes de formalizar acusações
- Comunicação eficaz entre departamentos policiais e judiciais
- Atualização regular dos dados processuais no sistema de justiça
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Quais os próximos passos para Ricardo após sua absolvição de assassinato
Após a absolvição, a maior prioridade para Ricardo tornou-se buscar reparação pelos danos sofridos ao longo de quase trinta anos. Ele pleiteia compensação em reconhecimento à limitação de sua liberdade e oportunidades impostas pelo erro judicial.
O caso evidenciou a necessidade de uma reforma nos mecanismos de apuração e garantia de direitos, visando evitar que outras pessoas passem por situações semelhantes no futuro, tornando urgente mais transparência e eficiência dos órgãos públicos.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas foi procurada para fornecer esclarecimentos adicionais, porém, até o momento, não se pronunciou sobre o caso. A ausência de resposta reforça a necessidade de diligência institucional para evitar novos erros dessa magnitude.
Fonte: Terra
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