Vice-PGR diz que não se pode “transformar crime de tráfico em racismo”
Lindôra Araújo (foto), a vice de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República, afirmou nesta quarta-feira (1º) não ser possível "transformar crime de tráfico em racismo"...
Lindôra Araújo (foto), a vice de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República, afirmou nesta quarta-feira (1º) não ser possível “transformar crime de tráfico em racismo”, relata O Globo.
A vice-PGR se manifestou no julgamento do STF que analisa o chamado “perfilamento racial” (racial profiling) na realização de buscas em abordagens policiais, iniciado nesta quarta.
“Não podemos mudar e entender que há racismo, não podemos transformar crime de tráfico em racismo. Teríamos que amanhã absolver, fazer HC [habeas corpus] coletivo para todos os presos por tráfico a partir de decisão de entender que foi racismo”, alegou Lindôra.
A questão está sendo tratada no STF com base no caso de um homem negro, de 35 anos, preso com 1,53 grama de cocaína. Em depoimento, policiais que o prenderam disseram que a abordagem teve, entre outros motivos, o fato de ele ser negro.
A vice-PGR defendeu a decisão do STJ que manteve a prisão do homem e afirmou não ser possível “estender isso para um problema sociológico”. Também disse que a pequena quantidade de cocaína apreendida não significa que o preso não seja traficante, porque “ninguém carrega doses enormes”.
“Depois que a pessoa está viciada, ela vira traficante, ela não tem saída. A única saída é virar um futuro vendedor de droga. E aí temos uma população de drogados que não servirá para o trabalho, para o futuro, para nada. E não é porque ela é da cor preta ou branca”, declarou Lindôra.
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