Vice de Aras deve conduzir sessão que pode afastar Deltan
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, deverá conduzir, amanhã, a sessão do Conselho Nacional do Ministério Público que poderá afastar Deltan Dallagnol da Lava Jato...
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, deverá conduzir, amanhã, a sessão do Conselho Nacional do Ministério Público que poderá afastar Deltan Dallagnol da Lava Jato.
Desde o início de sua gestão, em setembro, Augusto Aras tem delegado a ele as tarefas mais impopulares, inclusive contra as forças-tarefas — foi ele quem assinou a ação no STF para obter as bases de dados da operação, por exemplo, e é um dos podem votar contra Deltan.
No recurso contra a decisão de Edson Fachin que revogou o compartilhamento das informações que havia sido autorizado Dias Toffoli, Humberto Jacques acusou as forças-tarefas de criarem “resistências insubsistentes” para enviar os documentos à PGR.
Os procuradores entendem que o compartilhamento de informações sigilosas pode comprometer as investigações pelo risco de vazamentos.
Para obter as bases de dados, Humberto Jacques também tem alimentado a suspeita, já refutada, de que a a força-tarefa de Curitiba, teria feito uma “investigação camuflada” sobre Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, porque seus nomes apareceram incompletos em denúncia apresentada no fim do ano passado contra o dono da Cervejaria Petrópolis, Walter Faria.
“Nos bancos de dados inacessíveis pode haver informações que tocam outras pessoas com foro a serem investigadas no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Afastar-se essa hipótese de violência à Constituição é o objetivo da presente reclamação, apenas”, afirmou.
Também cabe a Humberto Jacques propor, no Conselho Superior do Ministério Público Federal, a renovação ou não das forças-tarefas de combate à corrupção.
A da Lava Jato no Paraná acaba em setembro e há possibilidade de que alguns membros percam o regime de dedicação exclusiva, o que prejudica o avanço nas investigações do petrolão.
Em julho, ao desidratar a força-tarefa da Greenfield, em Brasília, Humberto Jacques afirmou que o modelo de forças-tarefas para grandes investigações é “desagregador”, “disruptivo” e “incompatível” com o perfil do MPF.
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