Vaza Toga: Pacheco vai comprar briga com Moraes?
Parlamentares da oposição já se movimentam para apresentar um ‘superpedido’ de impeachment do ministro do STF
Enquanto os parlamentares da oposição se movimentam para apresentar um ‘superpedido’ de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusado de adotar ações “fora do rito” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para abastecer o inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já indicou não estar disposto a comprar essa briga com o magistrado, publicou O Globo.
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Segundo o jornal, interlocutores de Pacheco avisaram nos bastidores que ele deve segurar todo pedido de impeachment que seja apresentado contra integrantes do STF, insistindo no distensionamento da relação entre os Poderes.
A blindagem de Pacheco a Moraes, no entanto, terá um tempo curto de duração, já que o senador mineiro deixará a presidência da Casa em fevereiro de 2025.
O favorito a assumir a presidência do Senado é o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
A Vaza Toga
Mensagens de texto de assessores de Moraes indicam o uso “fora do rito” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para avançar o inquérito das fake news, no Supremo Tribunal Federal (STF), diz reportagem da Folha de S. Paulo, publicada em 13 de agosto.
O Antagonista decidiu batizar o escândalo de “Vaza Toga”.
Segundo a Folha, o setor de combate à desinformação do TSE forneceu material ao gabinete de Moraes no STF.
“As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano“, diz o jornal.
As trocas de informação ocorriam pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.
De acordo com a reportagem, o “maior volume de mensagens com pedidos informais” envolveu o então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, e o “assessor mais próximo de Moraes no STF”, o juiz instrutor Airton Vieira.
“As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro (PL). Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.”
O jornal afirma ter acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos de assessores de Moraes, incluindo Vieira, que é o primeiro auxiliar do gabinete do ministro no Supremo.
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