“Vamos investigar milícias virtuais”, diz autor da ‘CPI das fake news’
Como O Antagonista revelou mais cedo, a CPMI das Fake News está no forno. O deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP) apresentou requerimento e diz que já recolheu 100 assinaturas...
Como O Antagonista revelou mais cedo, a CPMI das Fake News está no forno. O deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP) apresentou requerimento e diz que já recolheu 100 assinaturas.
Como se trata de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, serão necessárias as assinaturas de 171 deputados e de 27 senadores.
Leite afirma que a ideia é “investigar os abusos produzidos por fake news”. Mas o escopo é amplo, amplíssimo, como mostra o texto do requerimento:
“Ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público, a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018, a prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores, bem como sobre agentes públicos, e o aliciamento e orientação de criança para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.”
Nas palavras do autor do requerimento, “o objetivo é investigar quadrilhas virtuais que se empenham em atacar autoridades do Supremo, do Congresso, partidos políticos e outras repartições.”
A imprensa será alvo? “Depende do escopo. Que âmbito da imprensa?”, diz. “Vamos investigar quadrilhas e milícias virtuais que promovem difamação de imagem com notícias falsas. Se existe um órgão de imprensa que faz parte disso, não estará impune. Mas o foco não é a imprensa. Vamos em busca de empresas e pessoas especializadas nisto: em produzir fake news.”
Parece mais um tribunal permanente contra críticas que não são ameaças e pressões legítimas da sociedade.
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