Uma medalha do governo para o padre Júlio Lancelotti
O governo federal concedeu ao padre Júlio Lancelotti (foto) a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, principal honraria da pasta de Flávio Dino...
O governo federal concedeu ao padre Júlio Lancelotti (foto) a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, principal honraria da pasta de Flávio Dino. Em um decreto nesta terça-feira (29), a presidência incluiu o nome do religioso paulistano na lista de agraciados, no cargo de grão-cruz, o mais alto.
A demonstração pública de apoio do governo vem após o sacerdote ter voltado a receber ameaças públicas durante último final de semana. Padre Júlio, que atua junto a moradores de rua e a população carente na cidade de São Paulo, recebeu um bilhete com ameaças no sábado (26). O texto acusava o sacerdote se ser “defensor dos direitos de bandidos”, de ser vinculado a partidos políticos e advertia que “seu dia de reinado aqui vai acabar.”
Desde então, o governo federal resolveu entrar no assunto. Ainda no domingo, o ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida ligou para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com a pasta emitindo uma nota sobre o tema. ” É inadmissível que um homem com sua trajetória e importância social continue sendo alvo de atos criminosos por parte de quem se opõe à luta pela justiça social”, escreveu o MDH. Flávio Dino também disse que “no caso da ameaça por ele sofrida, a princípio a competência legal é estadual. De todo modo, vamos colher mais informações e estudar medidas cabíveis.”
No dia seguinte (27), um senhor de 72 anos — dois anos mais novo que o padre — confessou ter escrito o bilhete.
Pelos seus trabalhos, Júlio Lancelotti já virou inclusive nome de uma lei, a que proíbe no país as chamadas obras de “arquitetura hostil”. Pelo texto, são proibidos “o emprego de materiais, estruturas, equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população”. O texto chegou a ser vetado integralmente no ano passado pelo então presidente Jair Bolsonaro, mas o veto acabou sendo derrubado no Congresso Nacional.
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