Na história recente do Brasil, grandes protestos de rua estiveram ligados a um cenário de alta da inflação.

Foi assim nas Diretas Já, no impeachment de Fernando Collor de Mello, nos atos de junho de 2013 e no impeachment de Dilma Rousseff.

Hoje, o Valor informa que, em abril, a inflação em queda e o saque do FGTS ajudaram o varejo a crescer 1% e o varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e material de construção, 1,5%.

“A redução da inflação de alimentos e vestuário afeta de forma positiva o consumo, na medida em que há uma recomposição da renda real, mesmo com a ocupação em queda. É um cenário que traz algum alento”, disse Isabella Nunes, gerente da coordenação de serviços e comércio do IBGE.

Apesar da crise política, dos consequentes retrocessos na agenda econômica apontados por analistas e dos 14 milhões de desempregados, o relativo controle da inflação no governo de Michel Temer ainda contribui para a anestesia geral.